CULTIVO
DE SOJA FICA PROIBIDO ATÉ 30 DE SETEMBRO NO GERAIS DE BALSAS
66
mil hectares!
O período oficial de vazio sanitário para
a cultura da soja no Maranhão se iniciou dia 1º de agosto e segue até 30 de
setembro, na região conhecida como Gerais de Balsas, no sul do estado. Durante
os dois meses, está proibido o cultivo de plantas de soja e o agricultor
precisa destruir ainda as chamadas plantas guaxas ou tigüeras, aquelas que
germinam voluntariamente a partir de grãos desperdiçados na colheita ou no
transporte da safra. De 08 a 12, mais de 30 propriedades foram fiscalizadas
pela Agência Estadual de Defesa Agropecuária do Maranhão (Aged) com o objetivo
de garantir a efetividade da medida.
O vazio sanitário da soja visa impedir a
disseminação do fungo Phakopsorapachyrhizi, causador da ferrugem asiática, na
safra do próximo ano. Como o fungo precisa do hospedeiro vivo para obter seu
alimento, ao se eliminar toda planta viva de soja, quebra-se também o seu ciclo
de vida. “A ferrugem asiática é uma doença de grande impacto econômico visto
que, além da soja, pode se desenvolver em outros hospedeiros, como feijão,
atingindo, assim, tanto o grande quanto o pequeno produtor, podendo causar
perdas de até 100% da produção de grãos, com evidentes prejuízos
socioeconômicos”, alertou o coordenador de Defesa Vegetal da Aged, Hamilton
Cruz.
Até agora, já foram fiscalizadas 33
propriedades nos municípios de Balsas, Riachão, Loreto, Sambaíba, Fortaleza dos
Nogueiras e São Raimundo das Mangabeiras, totalizando 66 mil hectares.
“Acreditamos que a maioria dos produtores percebe a importância do vazio
sanitário da soja e percebe também que, com o nosso trabalho de educação,
orientação e conscientização estamos contribuindo para o sucesso e
produtividade de suas lavouras”, defendeu o chefe da Unidade Regional Balsas da
Aged, Eugênio Pires.
Conforme relatou o agrônomo, foi possível
identificar que o maior problema, durante o vazio sanitário vegetal nas
Regionais Balsas e São João dos Patos, são as plantas voluntárias. De acordo
com a legislação maranhense, a eliminação imediata dessas plantas é de
responsabilidade do produtor, arrendatário ou ocupante a qualquer título de
propriedade agrícola, que explore a cultura da soja no estado.
Atualmente, o estado possui dois períodos
de vazio sanitário da soja. Além do período atual, que engloba a Gerais de
Balsas, o vazio vai de 15 de setembro a 15 de novembro na região de Chapadinha.
No Brasil, 11 estados mais o Distrito Federal adotam o período sem plantas.
Brasília
De 11 a 12 de agosto, a Diretor de Defesa
e Inspeção Sanitária Vegetal da Aged, Roberval Raposo Júnior, participou de um
seminário nacional, organizado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (Mapa), visando debater o emprego do vazio sanitário, o
desenvolvimento de políticas públicas e os compromissos do setor produtivo
contra essa ameaça.
“Durante a apresentação de resultados, o
Maranhão foi elogiado por termos dois períodos de vazio sanitário, o que aumenta
significativamente a prevenção da ferrugem asiática no campo. Sem sombra de
dúvida, a viabilidade do cultivo de soja no estado tem uma estreita relação com
a adoção dessa medida fitossanitária”, revelou Roberval.
Fonte: Aged
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