CERVEJA E
REFRIGERANTE MAIS CAROS
O aumento nos impostos das bebidas anunciado pelo
governo elevarão os preços da cerveja ao consumidor em 5,24% em outubro,
segundo cálculos dos fabricantes.
Já os refrigerantes poderão subir 9,77%.
O cálculo leva em conta não apenas o aumento do
imposto federal, mas o impacto "sobre o cálculo do ICMS, sobre a margem
dos varejistas e outras variáveis que compõem o preço dos produtos".
No caso de refrigerantes, o reajuste também reflete
a redução de 40% dos benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus e o aumento de
100% do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de produtos que levam em
sua composição sucos naturais.
Na quinta-feira, o governo anunciou uma alteração
no método de cálculo do IPI e do PIS/Cofins incidentes sobre cervejas e
refrigerantes, resultando em um aumento da carga tributária da ordem de 27%
para cervejas e de 10% para refrigerantes.
De acordo com os fabricantes, o aumento "é o
maior da história do país".
Em nota, CerveBrasil, Abrabe e Sindicerv, entidades
que representam os fabricantes de bebidas frias, repudiaram os reajustes.
"O aumentos significam um rompimento do
circulo virtuoso que vinha permitindo o crescimento consistente dos
investimentos, da arrecadação e do acesso de cada vez mais consumidores aos
nossos produtos", diz a nota.
O setor planejava investir R$ 7,9 bilhões este ano,
o que, segundo os cálculos da indústria, poderia gerar 300 mil novos empregos e
incrementar a arrecadação em R$ 1,2 bilhão.
"O setor acredita que esta proposta de
investimento em inovação, pesquisa e desenvolvimento, inclusão digital e
capacitação profissional é muito mais vantajosa para o país. A indústria de
cerveja e refrigerante está aberta ao diálogo com o governo para que seja
possível chegar a um modelo que traga melhores resultados para a economia do
país."
Fonte: Blog de Marcial Lima
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