PROFESSORES, ALUNOS, ESTADO E A GREVE. AFINAL QUEM PERDE MAIS?
Professores maranhenses realizam o "Dia Estadual de Mobilização"
JÚLIO PINHEIRO: "O Governo, ao invés de convocar os excedentes, prorrogou os contratos temporários"
O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) realizou ontem, terça-feira (15), o DIA ESTADUAL DE MOBILIZAÇÃO, como elemento de motivação.
Aconteceram Passeatas e Atos Públicos, onde foram discutidas as medidas jurídicas que objetivam cobrar do governo estadual a convocação e nomeação de todos os professores aprovados no último concurso.
O Sinproesemma considera importante a recente nomeação de 459 professores aprovados no certame público e que esperavam há um ano a nomeação, mas cobra a imediata convocação de outros 1.515 profissionais habilitados no referido exame.
“O Governo do Estado, ao invés de convocar os excedentes, decidiu prorrogar os contratos temporários por mais um ano prorrogáveis por mais dois, mantendo a precariedade do trabalho profissional na área da educação, já que os temporários ganham salários bem abaixo da média, são pagos com atraso e ainda não têm direitos trabalhistas, como 13º salário e férias, entre outros”, denuncia Antonio Júlio Gomes Pinheiro, presidente do Sindicato.
Segundo o Sinproesemma, a educação pública do Maranhão vive a sua mais grave crise dos últimos anos. Turnos inteiros de várias escolas são fechados pelo governo do Estado, pois faltam professores, já que os aprovados no último concurso não são nomeados. Assim, pais e alunos fazem filas nas portas das escolas em busca de vaga.
ALTO PARNAÍBA: Trabalhadores em educação fazem manifestação em frente à Unidade Integrada Vitorino Freire, ...
Ainda conforme o sindicato, a governadora Roseana Sarney (PMDB) se nega a aprovar e aplicar, de imediato, o Estatuto do Educador, o qual tem por finalidade reconhecer os méritos dos trabalhadores em educação pública.
Contra esse caos denunciado pelo Sinproesemma, os educadores (professores, especialistas e funcionários de escolas) decidiram, em várias assembléias regionais da categoria, paralisar suas atividades desde o dia 1º de março.
“A nossa greve é para cobrar os 22 itens que compõem a pauta de reivindicações. Ela é importante, principalmente, para o debate sobre a educação que temos e a educação que a sociedade maranhense precisa ter para promover sua cidadania e sua inclusão no mundo do trabalho”, diz o manifesto distribuído pela entidade sindical... depois percorrem ruas e avenidas centrais, carregando faixas e cartazes, cantando e gritando palavras de ordem
Em Alto Parnaíba, a cidade mais meridional do Maranhão, distante cerca de 1.100 quilômetros de São Luis, houve manifestação pública.
Professores e alunos da Unidade Integrada Vitorino Freire (única da rede estadual no município, construída há quase 50 anos) percorreram a área central e se concentraram na frente da Escola, mostrando à população a situação da educação e a falta de valorização de seus profissionais.
Carregando faixas, cartazes e gritando palavras de ordem, os trabalhadores alto-parnaibanos cumpriram, portanto, a agenda de mobilização, numa demonstração de força do movimento grevista em todas as Delegacias e Núcleos, simultaneamente, de norte a sul do Maranhão.
Eles também querem a aplicação urgente de Tabela Salarial com base na Lei do Piso, a redução do número de alunos por sala de aula, a realização de novo concurso público, a nomeação dos excedentes da última prova de qualificação, o fim da terceirização e, dentre outras exigências, a criação de um plano estratégico de recuperação e ampliação das estruturas físicas do sistema educacional.
MATÉRIA PÚBLICADA NO BLOG DO BONIFÁCIO
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