Pensando no sacramento da Unção dos
Enfermos e sua significância, dei-me a liberdade de tecer algumas ponderações
sobre a mesma, sem, contudo, querer exauri-la. Escrevi a partir de uma leitura
da fé, e de sãos escritores, a teologia deste sacramento. A minha pretensão com
este, é ajudar o discurso da nossa Igreja a ser o máximo possível, simples,
acessível e compreensível. Dito isso, passamos ao que interessa. A Unção dos
Enfermos, sacramento da nossa Igreja católica, tem sua razão de ser a partir da
realidade de enfermidade do ser humano e do trato de Jesus com ele. É um sinal
eficaz da misericórdia de Deus e da presença solidária da Igreja na vida do enfermo.
É um serviço à vida em nome de Jesus.
Neste sacramento, Cristo, por meio da
Igreja, age como o bom samaritano (Lc 10, 33ss), que se aproxima do enfermo, e,
com seu poder terapêutico, curativo, mas, sobretudo, misericordioso abençoa-o,
garantindo-lhe a vida. Na Unção dos Enfermos, é Jesus quem age, pois dele sai a
força que cura a todos (Lc 6,19). Dessa força, precisa o doente para enfrentar
de forma cristã a doença. Portanto, o sacramento da Unção dos Enfermos é sinal
da vitória sobre a enfermidade quando acolhida e vivida na fé em Cristo.
A cura, conforme o atual Ritual de Unção
dos Enfermos é dom de Deus e sacramento da vida. Leva o enfermo a participar do
mistério de Cristo na vida. Portanto, é sacramento dos vivos, isto é, presença
de Cristo Ressuscitado, que fortalece o enfermo na superação da dor, do
sofrimento, e na compreensão da enfermidade.
Os evangelhos com freqüência, descrevem
Jesus realizando curas e, no final de cada uma delas diz: “A tua fé te salvou”.
A fé no processo histórico-salvífico, sempre foi condição indispensável para a
manifestação de Deus. E, no sacramento da Unção dos Enfermos, não é diferente.
Tiago 5,13-16 acentua a importância da oração e da fé no processo salvífico do
enfermo, bem como, dá indicações de como a comunidade deve proceder com relação
a seus enfermos. A oração não deve ser realizada apenas pelo enfermo, mas,
também, pela comunidade que, na solidariedade eclesial, dirige sua prece em
favor do irmão enfermo. É um sacramento de Jesus, que movido de compaixão (Mt
20,34), valoriza a pessoa humana e realiza a cura corporal, espiritual, o
perdão dos pecados, enfim, cura o ser humano na sua inteireza. O sacramento é
força para enfrentar a doença pela qual o enfermo se vê acometido, doença que
lhe priva da convivência fraterna e revela sua finitude e dependência diante de
Deus.
Na Unção dos Enfermos, Deus se manifesta
como dom do Espírito Santo, que consola e salva. Como se afirma na introdução
do Ritual, “este sacramento confere ao enfermo a graça do Santo Espírito”. Trata-se
da graça geradora de comunhão do enfermo com Deus, de forma que saiba integrar
a doença num projeto de vida.
Portanto, a Unção dos Enfermos, nasce da consciência da Igreja que, iluminada pela prática de Jesus, compreende como sua, a missão de dar assistência aos enfermos. O Senhor sofredor e glorificado, alivia todo tipo de enfermidade mediante a graça do Espírito Santo e a oração da comunidade alicerçada na fé. Desperta no enfermo a confiança na misericórdia divina, por ser um sacramento embasado na ação de Deus em favor da vida. Deus seja louvado, pois, sendo dom da vida, cuida tão bem de nossa vida.
Portanto, a Unção dos Enfermos, nasce da consciência da Igreja que, iluminada pela prática de Jesus, compreende como sua, a missão de dar assistência aos enfermos. O Senhor sofredor e glorificado, alivia todo tipo de enfermidade mediante a graça do Espírito Santo e a oração da comunidade alicerçada na fé. Desperta no enfermo a confiança na misericórdia divina, por ser um sacramento embasado na ação de Deus em favor da vida. Deus seja louvado, pois, sendo dom da vida, cuida tão bem de nossa vida.
IRAN BRITO
Seminarista da Diocese de Balsas – MA
Cursando Teologia em Belo Horizonte - MG
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