quarta-feira, 16 de maio de 2012

A MORTE DE UM TRADICIONAL OPERÁRIO ALTO-PARNAIBANO

A MORTE DE UM TRADICIONAL OPERÁRIO ALTO-PARNAIBANO
Já octogenário, morreu ontem de madrugada, 14 de maio, em sua residência na rua Gonçalves Dias, no centro da cidade sul maranhense de Alto Parnaíba, um dos mais antigos operários (praticamente artesanal) até pouco tempo em atividade em nossa terra.
Salustiano Moraes da Silva, ou apenas Salú de Zé da Prata, era um daqueles carpinteiros que aprendeu a trabalhar a madeira com arte, no manuseio tradicional do serrote, da chó e de outros instrumentos substituídos no decorrer do tempo pela chamada civilização ou modernidade.
Essa arte - na época os pedreiros e carpinteiros eram corretamente qualificados em suas profissões como "artistas" -, Salú apreendeu com o pai e este com seus antepassados, todos pioneiros desde a fundação de Alto Parnaíba, descendentes do major José Rodrigues de Britto, irmão fo fundador Cândido Lustosa de Britto e pai de nosso primeiro (intendente), coronel Antonio Luiz do Amaral Britto.
O pai de Salú carregava consigo o "Prata", uma referência à povoação por sua família erguida próxima à cidade, hoje bairro.
Homem simples, correto em seus pequenos negócios, Salú era viúvo de Júlia Borges da Silva, irmão do poeta Heitor Moraes da Silva, felizmente ainda entre nós, e deixa filhos, dentre os quais Raimundinha Borges, Carlos Dalton, Américo Borges, Diógenes Borges.
Um operário, um artesão, parte da formação de nossa história e nossa cultura, que Salustiano Morares da Silva durma e descanse em paz!

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