segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

JORNAL REGIONAL MARANHÃO DO SUL NOTICIAS DEIXA DE IR AO AR EM ALTO PARNAÍBA

JORNAL REGIONAL MARANHÃO DO SUL NOTICIAS DEIXA DE IR AO AR EM ALTO PARNAÍBA
O Jornal Maranhão do Sul Noticias deixa de ir ao ar em Alto Parnaíba. Vamos entender o motivo em matéria postada por Dr. Décio Helder do Amaral Rocha em 01 de novembro de 2011, em seu blog, com imagens de Américo Borges técnico responsável pelo sistema de TV local.
TERRENO DE TV AMEAÇADO DE INVASÃO
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Na primeira metade dos anos 1980, o então prefeito de Alto Parnaíba, no sul do Maranhão, Antonio Rocha Filho, o Rochinha, deu início ao seu compromisso de campanha de trazer para sua cidade um sistema próprio de televisão, com transmissão instantânea via parabólica e a implantação gradual de uma mínima programação local.
De início, obteve de Constantino José Dias, por anos oficial de Justiça de nossa comarca e ao mesmo tempo construtor de imóveis, individualmente o maior de nossa terra e com certeza um exemplo de quem construiu uma pequena fortuna com os próprios braços, já morto, a doação formal do terreno em área logo demarcada no chamado Morro do Rapadura, onde o desembargador Aluizio Ribeiro da Silva construiu uma casa de veraneio e de encontros culturais, quando juiz de direito de nosso município.
A casa da televisão foi construída pela Prefeitura e com apoio da comunidade alto-parnaibana e da vizinha Santa Filomena, do lado paraibano do Piauí, cujo prefeito, Américo Lustosa de Alencar, se engajou na campanha que juntou governos e população no mesmo objetivo. Para se ter uma ideia, Alto Parnaíba e Santa Filomena não possuíam um sistema próprio de televisão. O inovador na área foi o empresário e ex-vereador Evandro Vargas Leitão, que implantou um pioneiro sistema de VT em 1980, inaugurando, assim, a televisão nas duas cidades co-irmãs.
 Mais de trinta anos depois que o empresário e jornalista Assis Chateaubriand inaugurou a televisão no Brasil, com a extinta TV Tupi, após o ex-prefeito Rochinha obter contrato com a Rede Globo para a retransmissão de sua programação, cuja participação do ex-senador maranhense Magno Bacelar, então dono da TV Difusora, afiliada da Globo no Maranhão e amigo particular de meu pai, foi essencial, e tendo o apoio fundamental de uma associação cultural criada por agricultores, pecuaristas, comerciantes, bancários, profissões liberais, funcionários públicos, professores, estudantes, entidades da sociedade civil, donas de casa, trabalhadores do campo e das duas cidades, finalmente a TV Rio Parnaíba foi inaugurada com muita festa e inesquecível entusiasmo popular.
Entretanto, pessoas com o claro intuito de se apoderar da casa da TV Rio Parnaíba e de todo o seu terreno, levantaram cerca de arame com portão e cadeado, além de colocarem cães de guarda amarrados praticamente dentro das instalações da retransmissora, o que impede, por sinal, o acesso do encarregado para a manutenção permanente nos aparelhos e transmissão do único sinal de televisão ainda existente para quem não pode comprar uma parabólica e instalar em sua residência, ou seja, a maioria da população.
Fui o advogado do inventário dos bens deixados por Constantino José Dias, processo arquivado no fórum da comarca de Alto Parnaíba, e posso garantir que em momento algum a sua viúva e inventariante, professora Maria da Conceição Lopes de Carvalho, e sua única filha legitimada, professora Afonsina Antunes Dias, ambas falecidas, desrespeitaram a decisão do marido e pai na doação do aludido terreno. Ao contrário, fizemos questão de preservar e resguardar esse patrimônio de nossa primeira emissora de televisão, que é das duas comunidades.

 À Prefeitura de Alto Parnaíba cabe tomar as medidas administrativas e judiciais necessárias de imediato em defesa do patrimônio de todos. Aos pretensos herdeiros de quem está viva, ou seja, a nossa TV Rio Parnaíba, um apelo para que cessem com essa aventura já nascida morta, sem sucesso, pois posse não incide em terra pública e mesmo em particular, somente se for pacífica, o que não é o caso. Aliás, nem posse nem detenção existem. É preciso que todos respeitem os bens públicos, não apenas os governantes. Às comunidades de Santa Filomena e Alto Parnaíba, a vigilância e a defesa de um patrimônio comum, que é cultura e já faz história.

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