sábado, 3 de novembro de 2012

ALTO-PARNAIBANOS PODEM TER SIDO VITIMAS DO GOLPE DA 'CASA PRÓPRIA'


ALTO-PARNAIBANOS PODEM TER SIDO VITIMAS DO GOLPE DA 'CASA PRÓPRIA'
Empresa é acusada de aplicar golpe em servidores
Servidores públicos municipais na cidade de Grajaú sofreram o golpe da casa própria, dado pela empresa Carlos Lima Consultoria Habitacional, localizada na estrada do Araçagy, nº 14, em São José de Ribamar. O negócio rendeu mais de R$ 300 mil.
Em fevereiro de 2012, a empresa se apresentou à Prefeitura Municipal de Grajaú como referencia na área da habitação e, numa reunião com centenas de servidores, convocados pela Secretaria Municipal de Habitação, detalhou o projeto de construção das unidades, em convênio com a Caixa Econômica Federal, do programa “Minha Casa Minha Vida”.
Na ocasião, ficou acertado que a prefeitura daria toda a estrutura necessária, como terreno, por exemplo. Era o início de um golpe bem planejado.
A Carlos Lima Consultoria informou ainda que qualificou 84 municípios maranhenses para receberem, juntas, quatro mil unidades habitacionais do Programa do Governo Federal. Ou seja, dos 118 Municípios maranhenses selecionados pelo Ministério das Cidades para receber as casas, a empresa ficou com mais de 70% sob sua coordenação.
Ao firmar o contrato de prestação de serviço com a empresa Carlos Lima, os servidores municipais pagaram a taxa de consultoria habitacional, no valor de R$ 1.000 reais, divido em 4 vezes no cheque pré-datado ou R$ 900 reais à vista.
Uma contrapartida pelo fornecimento do projeto topográfico, arquitetônico, de engenharia, apoio técnico e suporte administrativo no pleito de financiamento junto à CEF para Construção de Unidade Habitacional.
Durante um mês, os técnicos da empresa ficaram em Grajaú realizando os respectivos contratos. No prazo de 60 dias iniciaria o serviço de topografia no terreno onde seriam construídas as casas.
A Carlos Lima, que levou mais R$ 300 mil reais dos servidores grajauenses só apareceu 120 dias. Houve uma reunião na qual os técnicos da empresa formaram uma comissão de funcionários para acompanhamento da execução do projeto.
Aos incautos foram pedidos alguns dias para concluir o projeto em sua totalidade em São Luís, e que tão breve informaria o dia do início da construção das casas. Depois que receberam todas as parcelas, até hoje ninguém mais retornou à Grajaú.
Assim a Carlos Lima Consultoria definia a negociata:
Tamanho da casa: 51,75m² com 2 quartos, varanda, sala de estar/jantar, cozinha banheiro e área de serviço.
Financiamento: Caixa Econômica Federal.
Valor da casa: R$ 30.000,00 (Trinta mil reais).
Subsídio do governo federal: 13.000,00 (Treze mil reais).
Valor do financiamento: 17.000,00 (Dezessete mil reais).
Prazo do financiamento: 300 meses
Valor da primeira prestação: R$ 134,23 (Cento e trinta e quatro reais e vinte e três centavos).
Valor da última prestação: 56,91 (cinquenta e seis reais e noventa e um centavos).
Taxa de consultoria habitacional: R$ 1.000,00 (Hum mil reais) divido em até 5 vezes ou 900,00 (novecentos reais) à vista.
Para minimizar o sofrimento das vítimas, a prefeitura da cidade fez a doação de terrenos numa área de aproximadamente 15 hectares. O sorteio dos terrenos já foi realizado e cada contemplado pagará R$ 140, que serão depositados em uma conta na CEF.
No caso de Alto Parnaíba, ainda falta informações sobre o andamento das negociações e andamento das obras. Várias pessoas já estão entrando com ações na justiça, para adquirir seu dinheiro de volta. Para entrar na justiça é necessário pegar uma cópia do contrato que pode ser encontrado na prefeitura municipal.
Obs.: Contém alterações feitas pela redação, no fim do texto.

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