DESABAMENTO DO FÓRUM DE BALSAS DEVERÁ
SER INVESTIGADO PELA CNJ
O Tribunal de Justiça do Maranhão
ainda não respondeu à intimação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) sobre os
motivos do desabamento do Fórum da Comarca de Balsas, ocorrido no dia 28 de
setembro passado, apesar deste ter sofrido uma ampla reforma das suas
instalações em 2010, que custou aos cofres públicos mais de 400 mil reais pagos
pelos contribuintes.
Diante da evidente gravidade da
situação, o Sindicato dos Servidores da Justiça do Maranhão (SINDJUS-MA) enviou
imediatamente à comarca seu diretor de imprensa, o técnico judiciário Fredson
Costa para manifestar irrestrita solidariedade os colegas e realizar a mais
ampla apuração dos fatos, o quais foram de pronto denunciados ao Conselho
Nacional de Justiça (CNJ).
No dia do desabamento, ao
perceberem que havia algo de errado com o teto do prédio e receosos do
perigo iminente, os servidores lotados na 2ª vara evacuaram por conta
própria o local. Na área trabalham cinco pessoas, incluindo o juiz. Apesar do
incidente, ninguém ficou ferido. O prédio foi interditado, teve sua estrutura
condenada e as varas judiciais deslocadas para uma clínica desativada, onde
servidores e magistrados podem estar expostos a graves enfermidades devido
terem sido instalados em ambiente potencialmente insalubre.
“O Tribunal de Justiça do Maranhão
tem que dar uma explicação sobre esse desabamento aqui no Fórum, já que em
2010, muito dinheiro foi gasto para a reforma desse prédio. E a nossa
integridade física, onde fica? Que reforma foi essa que agora o prédio está
caindo na cabeça dos servidores?”, questionou Arthur Estevão, técnico
judiciário e delegado regional do SINDJUS-MA da Comarca de Balsas.
Segundo Aníbal Lins, presidente do
SINDJUS-MA, o sindicato cobra do CNJ que acione auditores do Tribunal de Contas
da União (TCU) para acompanharem de perto as investigações anunciadas pela
administração do Tribunal de Justiça do Maranhão para apurar as razões do
desabamento e interdição do Fórum de Balsas, como em todos os fóruns que
apresentaram os problemas semelhantes nos últimos meses depois de terem passado
também por reformas. “Os responsáveis por esse mau uso do dinheiro público
precisam ser claramente identificados e punidos na forma da lei”, concluiu.
Fonte: Sindjus-MA via Blog de Gilberto Leda
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